Cabe frizar que, segundo Soares et al. (2006), os componentes de uma árvore a serem mensurados são definidos como:
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- Tronco comercial;
- galhos comerciais;
- tronco não-comercial; e
- galhos pequenos e não-comerciais.
A fórmula básica para o cálculo do volume de uma árvore é derivada a partir do modelo cilíndrico (1).
V = volume do tronco;
d = diâmetro do tronco;
e h = altura do tronco.
Seria desejável que todos os troncos possuíssem a forma cilíndrica perfeita, mas na natureza, obviamente, este padrão raramente acontece. Pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa explicam que a forma dos troncos e dos galhos das árvores estão relacionados com a espécie, com a idade, com os espaçamentos e com a qualidade do sítio (Soares et al. 2006).
Um outro modelo volumétrico muito utilizado (2) é expresso por uma percentagem do volume cilíndrico, multiplicando-se pelo fator de forma f.
V = volume do tronco;
d = diâmetro do tronco;
h = altura do tronco; e
f = Fator de forma
O fator de forma f é igual ao volume real divido pelo volume do cilindro e sempre será expresso por valor < 1. Este fator é calculado a partir de dados de cubagem rigorosa de árvores-amostra, que pode ser realizada nas árvores abatidas ou nas em pé. Segundo Campos & Leite (2006), as árvores -amostra deverão ser colhidas em toda a área da floresta, abrangendo todas as classes de diâmetro, de modo que seja assim bem representativa da população. Ainda segundo esses pesquisadores é comum utilizar em torno de 100 a 150 árvores-amostra, em plantios de eucaliptos e pinus, para o ajuste de um modelo volumétrico. Mais informações sobre cubagem, fórmulas de volume e ajustes de modelos matemáticos, consulte o livro Mensuração Florestal de Campos e Leite (2006).
Com intuito de facilitar os procedimentos para cálculo do volume florestal, algumas equações volumétricas foram desenvolvidas e estão sendo testadas em todo o mundo. Em recente estudo publicado pela Faculdade de Tecnologia da UnB (Imaña-Encinas et al. 2009), 18 modelos volumétricos foram testados (Quadro a seguir).
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Em que : V = Volume; D=diâmetro e H=Altura
Em vista disso, somente com um bom planejamento do inventário florestal é que podemos minimizar esforços necessários para estimar o volume florestal. Faz-se necessário, também, por parte dos técnicos responsáveis, uma amostragem para a variável volume mais precisa e criteriosa, evitando-se, desta forma, os desvios amostrais e não-amostrais que são gerados destas operções.
Continue acompanhando o blog que será dado mais atenção sobre este assunto!
Bibliografia consultada:
- Campos & Leite. Mensuração florestal: perguntas e respostas. Viçosa:MG: Editora UFV, 2006. 470p.
- Imaña-Encinas et al. Equações de volume de madeira para o cerrado de Planaltina de Goiás. Revista Floresta, PR, v.39, n.1, p. 107-116, jan./mar. 2009.
- Soares et al. 2006. Dendrometria e inventário florestal. Minas Gerais: Editora UFV, 2006. 276p.
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